
Em comemoração aos 456 anos de fundação do Rio de Janeiro, celebrados nesta segunda-feira, a Prefeitura do Rio, por meio da Riotur, apresenta aos cariocas e visitantes da cidade uma galeria aberta por toda a orla, com a exposição de fotografias do Rio Antigo. Ao longo de 36 quilômetros, cada um dos 24 postos de salvamento, da praia do Leme até o final da praia do Recreio dos Bandeirantes, exibem duas imagens de aproximadamente 2m x 4m, somando 48. São cinco fotografias em Copacabana; seis no Arpoador, Ipanema e Leblon; uma em São Conrado; oito na Barra da Tijuca e quatro no Recreio dos Bandeirantes.

A curadoria é do Instituto Moreira Salles que, gentilmente, cedeu as imagens de seu acervo e presenteou a cidade com fotografias desde 1870, de Marc Ferrez, Augusto Malta e outros, até a década de 1930. O projeto Imagens do Rio, sem custo para a Prefeitura, contou com o apoio da concessionária desses postos, a OrlaRio, responsável pela montagem das fotos e confecção de todas as placas informativas.

Abaixo, o texto que estará nas placas, sob cada foto, contendo as informações e um QR Code que direcionará para o acervo do IMS.
Um Rio que renasce, um Rio que resiste
O Rio de Janeiro tem sua história marcada por sua relação permanente com a orla, que até o século XIX definia-se pela linha d’água que se estendia do interior da baia de Guanabara, passando por Paquetá, Saúde e Gamboa, a Ilha das Cobras e a Praça XV, a praia de Santa Luzia, a Glória, Catete, Flamengo e Botafogo, chegando à Urca e à fortaleza de São João, na entrada da baia.

A partir dos primeiros anos do século XX, a cidade cresce ao longo da orla oceânica, com a crescente urbanização e desenvolvimento dos bairros de Copacabana, Ipanema, Leblon, São Conrado, Barra e Recreio. Aos poucos, os trajetos viários costeiros, inicialmente as únicas vias de acesso a estes bairros, vão se somando a novas vias e entroncamentos que ligam diretamente os demais bairros que, simultaneamente, crescem e moldam o Rio, na Zona Norte, na Baixada Fluminense e na Zona Oeste.
A orla é um patrimônio de todos os cariocas, assim como são também as imagens históricas aqui reunidas realizadas entre aproximadamente 1875 e 1925, de autoria de importantes nomes da fotografia brasileira, como Marc Ferrez e Augusto Malta, entre outros, que registraram a cidade e suas dinâmicas, transformações e conflitos. Memória e cidadania são os instrumentos essenciais para a construção de uma sociedade verdadeiramente capaz de enfrentar seus desafios, desigualdades e contradições na construção de um futuro de efetivo pertencimento, participação crítica e consciente de todos que aqui vivem, nesta nossa cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.
